Áreas de atuação:

  • Reabilitação Pós-Cirúrgica da Região Cérvico-Crânio-Facial (edemas, dores, limitação de abertura de boca)

A fisioterapia em pacientes cirúrgicos da região cérvico-cranio-facial podem ser iniciados no período pré-operatório e continua no pós-operatório levando-se em conta a limitação e necessidade de cada paciente. Deve-se considerar que a reabilitação precoce representa uma necessidade sendo um aspecto importante para a obtenção de bons resultados. Durante todo o tratamento serão observados os sinais clínicos de dor, edema, parestesia temporária ou permanente, espasmos musculares, aderências miofaciais, mialgias, disfunções temporo-mandibulares,paralisia faciais, encurtamentos da musculatura crânio-cérvico-facial e principalmente orientação na execução das atividades de vida diária, melhorando a funcionalidade e contribuindo para o bem estar físico mental. Portanto, o trabalho da Fisioterapia terá como objetivos, dependendo do caso de cada paciente, a redução do edema facial, resolução parcial ou completa da parestesia, o ganho de amplitude de movimento para a abertura bucal, lateralizações e protusão da mandíbula; melhoria das retrações e algias musculares.


  • Problemas da Articulação da Mandíbula

    Disfunção Têmporo-Mandibular (DTM) corresponde a uma terminologia que engloba um conjunto de patologias relacionadas com as articulações da mandíbula, chamadas de Articulações Têmporo-Mandibulares (ATMs) e com a musculatura facial, craniana e cervical, que pode, portanto, apresentar alterações tanto a nível articular como a nível muscular. 

    Vários são os sinais e sintomas encontrados em pacientes com DTM, sendo que não são todos necessariamente encontrados em um mesmo paciente, podemos destacar: limitação e/ou desvio na abertura de boca, ruídos nas ATMs, cefaléia (dor de cabeça) tensional, dificuldade na deglutição, sensação de cansaço na musculatura facial, cervicalgias (dor no pescoço), dores nos dentes, nas ATMs, na face, etc.  

    O tratamento e o diagnóstico das DTMs, são realizados por uma ação multidisciplinar, onde envolve vários profissionais, como: Cirurgião-Dentista (que pode ser  cirurgião Buco-Maxilo-Facial, ortodontista, protesista, etc), fisioterapeuta, otorrinolaringologista, reumatologista, neurologista, fonoaudiólogo, radiologista e psicólogo. Com relação ao tratamento das DTMs, existem várias possibilidades, que podem ser isoladas ou combinadas a depender de cada caso, como: confecção de aparelhos ou placas oclusais, laser de baixa potência, tens, fes, ultrason, técnicas de fortalecimento e reeducação musculares, medicações (anti-inflamatório, analgésico, miorrelaxante, toxina botulínica, infiltração anestésica, ácido hialurônico ou corticóide, etc), biofeedback, psicoterapia, acupuntura, etc.  

    Existem vários tipos de placas ou aparelhos, sendo que alguns inadequados para pacientes com DTM. O Aparelho Estabilizador Mandibular é confeccionado de forma individualizada para cada paciente, não sendo desconfortáveis. O Aparelho Estabilizador Mandibular é usado pelo paciente, normalmente, a noite ao dormir. Para ter sucesso no tratamento de pacientes com DTM o Aparelho Estabilizador Mandibular confeccionado deve ser o do tipo indicado para estes pacientes e ajustado corretamente. Um aparelho errado e/ou ajustado incorretamente, poder não surtir o efeito desejado e até mesmo agravar o quadro clínico do paciente. Por estes motivos que o Aparelho Estabilizador Mandibular deve ser confeccionado por profissionais especialistas DTM ou que tenham ampla experiência no tratamento destes tipos de pacientes. 

  • Dores Cérvico-Crânio-Faciais

    A coluna cervical tem como função principal suportar e orientar a cabeça no espaço relativamente ao tórax para servir sistemas sensoriais. Esta tarefa exige um sistema musculoesquelético complexo a fim de combinar mobilidade e estabilidade.A grande mobilidade associada a fatores extrínsecos propiciam a instalação de disfunções na região cervical. No início, talvez o paciente não apresente sintomas, mas com o tempo, essa mobilidade se torna cervicalgia.

    As dores na região do pescoço  e vértebras cervicais afetam 30 a 50 % da população em geral, com predomínio em mulheres  afastando um grande número de trabalhadores de suas atividades profissionais. Mas raramente se inicia de maneira súbita, e em geral esta relacionada com movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações na articulação temporo mandibular. Frequentemente  o paciente relata que a dor melhora com o repouso e piora com o movimento.

    É possível que ela surja como sintoma secundário de outra patologia, como:

    • Espondilolistese cervical;

    • Espondilite anquilosante;

    • Artrose da coluna;

    • Infecções ósseas;

    • Tumores benignos ou malignos.

      O paciente costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos movimentos ocorre também uma alteração na mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação da musculatura do pescoço podendo também abranger a região de ombros e/ou todo membro superior.

  • Eletromiografia

  • eletromiografia (EMG) é um método de diagnóstico que estuda o comportamento dos músculos durante a contração.

    A eletromiografia é um procedimento simples, indolor e seguro. Por ser um exame que investiga e registra a atividade muscular através de eletrodos de superfície e softwares específicos, a EMG não apresenta nenhum efeito nocivo sobre o organismo. 

    Indicações:

    • Paralisia facial

    • Mialgias

    • Disfunções temporomandibulares

    • Cervicalgias

    • Bruxismos

    Contra-indicações:

    • Marca-passo do tipo desfibrilador, marca-passo externo.

    • Pele com solução de continuidade e erisipela.

    O procedimento dura em torno de 20 minutos no mínimo  ou  realizado durante a sessão de fisioterapia conforme a necessidade do profissional.

    Uma das importâncias da eletromiografia é que ela oferece dados muito precisos. Então, o profissional responsável consegue identificar, com precisão, o problema para realizar tratamentos efetivos como também poder comparar a evolução do tratamento.

  • Biofeedback

    Técnica que permite que a informação de um processo fisiológico inconsciente seja apresentada ao paciente / terapeuta como sinal visual, auditivo ou tátil. Ferramenta para ensinar o exercício corretamente, modificando uma resposta inadaptada e proporcionando um treinamento cognitivo da musculatura.

  • Bruxismo

    O bruxismo é uma desordem funcional de forma inconsciente que acomete tanto adultos quanto, crianças e é caracterizada pelo ato de ranger ou apertar os dentes não só durante o sono, mas também pode ocorrer durante o dia. Pode estimular dores na musculatura ao acordar ou ainda forte dores de cabeça e  com o passar do tempo, provoca desgaste nos dentes e colabora para o aparecimento de doenças gengivais e do periodonto. Nos casos mais graves, o bruxismo pode levar a necessidade de tratamento de canal ou ainda distúrbios na articulação temporomandibular, a ATM. Este hábito praticado sem perceber, causa a hipertrofia do músculo masseter, localizado na região do ângulo da mandíbula, o que provoca uma intensificação de volume e pode levar a um desconforto estético.

  • Zumbido

    O zumbido se caracteriza por ser um sintoma no qual o paciente ouve um som persistente (que pode ter diferentes frequências e tipos) sem haver uma fonte física ou causa externa identificável, causando um enorme desconforto e atrapalhando o cotidiano.

    Muitas vezes confundindo com uma doença, este sintoma de que algo está errado pode ter som semelhante de abelha, panela de pressão, cachoeira, chiado, apito, cigarra, motor, sirene ou outros barulhos incômodos para a sua audição.

    Normalmente, o zumbido está relacionado à problemas auditivos, mas ele também pode ser desencadeado por vários fatores que causam incômodos principalmente nos momentos de silêncio. 

    Possíveis causas de zumbido incluem:

    • Exposição a música alta, ruídos de construção entre outros

    • Efeitos colaterais de medicação

    • Envelhecimento

    • Problemas neurológicos

    • Degeneração de ossos no ouvido médio

    • Disfunções têmporo-mandibulares

    O zumbido pode se desenvolver em pessoas de todas as idades e origens, mas as pessoas mais velhas ou que tiveram muita exposição ao ruído estão especialmente em risco. Por isso, é preciso saber o motivo da condição e tratar tanto o sintoma (zumbido) como a sua origem.


    Paralisias e parestesias faciais

    A paralisia facial de Bell é a patologia mais comum que afeta o nervo facial se caracterizando por uma perda de função motora e da mímica facial do lado acometido. Pode ser classificada em central (com comprometimento dos músculos do terço inferior da hemiface) ou periférica (com comprometimento de toda hemiface). Sua  causa pode estar associada a trauma, compressão, infecção, inflamação ou ser de origem metabólica. O grau de recuperação da função do nervo facial depende da idade do paciente, do tipo de lesão, da etiologia, nutrição do nervo, comprometimento neuromuscular e terapêutica instituída. A recuperação da lesão do nervo facial pode acorrer em algumas semanas, até quatro anos. A fisioterapia é indispensável com o objetivo principal de restabelecer o trofismo, a força e a função muscular. 

     

    Muitos pacientes referem parestesia, sensação de formigamento associada a diminuição de sensibilidade tátil e/ou dolorosa, devido a manipulação nervosa durante o procedimento cirúrgico e essa alteração de sensibilidade pode interferir na movimentação muscular adequada. Nesses casos, o fisioterapeuta utiliza estimulação sensorial através de diversas texturas (macia, dura, áspera, fofa, fina, grossa, quente, fria, seca, molhada, entre outras) na parte dessensibilizada.

    Os recursos utilizados na clinica são inúmeros como:

    • TDCS,

    • acupuntura

    • laser

    • cinesioterapia

    • estimulação sensorial a depender do quadro clínico.